+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 18,1-5.10.12-14
Naquele tempo: 1 Os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: 'Quem é o maior no Reino dos Céus?'
2 Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles 3 e disse: 'Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus.
4 Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus.
5 E quem recebe em meu nome uma criança como esta, é a mim que recebe.
10 Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus vêem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus.
12 Que vos parece? Se um homem tem cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixa ele as noventa e nove nas montanhas, para procurar aquela que se perdeu?
13 Em verdade vos digo, se ele a encontrar, ficará mais feliz com ela, do que com as noventa e nove que não se perderam.
14 Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos.
Palavra da Salvação.
REFLEXÃO (CNBB)
A nossa vida é constantemente condicionada pelos valores e costumes da sociedade e nós temos a tendência de querer levar os valores do mundo para a Igreja e até mesmo para o Reino de Deus.
Entre esses valores do mundo que nos influenciam, podemos citar a hierarquização e a competitividade no dia a dia, que fazem com que haja sempre entre nós um clima de disputa e de busca de superioridade em relação às outras pessoas.
É esse clima o principal responsável por muitos mal estares na vida da comunidade. São os valores evangélicos que devem transformar o mundo e não os valores do mundo que devem transformar a Igreja.
REFLEXÃO 2 (Canção Nova)
O maior no Reino dos Céus é aquele que se parece com uma criança, pois – o pequeno ou a pequena – ela ocupa um lugar central no Evangelho.
Primeiro, porque todas as crianças, quanto mais crianças forem, tanto mais abençoadas e comunicadoras da graça de Deus passam a ser.
Ao passo que, quanto mais crescemos e quanto mais adultos nos tornamos parece que mais nos afastamos do Reino dos Céus.
No entanto, isso não é para nós um relaxamento no sentido de que devemos ser pessoas infantis. Não, não é isso, pelo contrário, precisamos ser pessoas adultas e maduras a ponto de descobrir que existe uma criança dentro de nós e que esta não pode morrer.
Esta criança precisa estar viva dentro de nós, porque foi no nosso ser criança que a graça de Deus entrou em nós.
Alguns elementos na vida de uma criança tornam a nossa vida humana mais sadia, mais plena e mais agraciada. O primeiro [elemento] deles é a simplicidade, porque a criança é muito simples e não tem a cabeça complexa, como é a cabeça dos adultos, cheia de intempéries, de gostos e contragostos. Criança sabe ver o mundo de modo mais simples e descomplica aquilo que nós complicamos.
O coração de uma criança é humilde. Ela precisa de colo, de aconchego, de cuidado, não se faz de arrogante, nem de que “tudo sabe e tudo pode”.
E por mais que esperneie de um lado e de outro a criança é sempre dependente do pai e da mãe. Como precisamos, com elas, aprender a ser dependentes de Deus e a ocupar o nosso lugar no colo e no coração de Deus!
Toda criança é pura e não sabe misturar a maldade, ela não é contaminada pelos vícios, pelas impurezas e pela malícia deste mundo.
Pouco a pouco, a vida foi introduzindo entre nós o tempero da maldade e da malícia. E como a vida adulta é cercada destes elementos! Se quisermos entrar no Reino dos Céus, nós precisaremos resgatar os valores de uma criança dentro do nosso coração.
Que Deus tempere o nosso coração com a simplicidade, com a humildade e a pureza de uma criança para que não percamos o Reino dos Céus!
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