terça-feira, 25 de abril de 2017
Viva a vida agora
Esta vida vai passar rápido. Não brigue com as pessoas, não critique tanto seu corpo. Não reclame tanto. Não perca o sono pelas contas. Não deixe de beijar seus amores. Não se preocupe tanto em deixar a casa impecável.
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domingo, 23 de abril de 2017
Festa da Divina Misericórdia
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Bem aventurados os que creram sem terem visto
Anúncio do Evangelho (Jo 20,19-31)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”.
20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor.
21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. 22E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”.
24Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!” Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”.
26Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”.
27Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. 28Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” 29Jesus lhe disse: “Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!”
30Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. 31Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e, para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
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sábado, 22 de abril de 2017
Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho
Evangelho (Mc 16,9-15)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.
9Depois de ressuscitar, na madrugada do primeiro dia após o sábado, Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual havia expulsado sete demônios. 10Ela foi anunciar isso aos seguidores de Jesus, que estavam de luto e chorando. 11Quando ouviram que ele estava vivo e fora visto por ela, não quiseram acreditar.
12Em seguida, Jesus apareceu a dois deles, com outra aparência, enquanto estavam indo para o campo. 13Eles também voltaram e anunciaram isso aos outros. Também a estes não deram crédito. 14Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto estavam comendo, repreendeu-os por causa da falta de fé e pela dureza de coração, porque não tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado.
15E disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!”
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
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sexta-feira, 21 de abril de 2017
A terceira aparição do Cristo ressuscitado
Evangelho (Jo 21,1-14)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 1Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: 2Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros discípulos de Jesus.
3Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Também vamos contigo”. Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. 4Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. 5Então Jesus disse: “Moços, tendes alguma coisa para comer?” Responderam: “Não”.
6Jesus disse-lhes: “Lançai a rede à direita da barca, e achareis”. Lançaram pois a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. 7Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu uma roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar.
8Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra, mas somente a cerca de cem metros. 9Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima, e pão. 10Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”.
11Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu. 12Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor.
13Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe. 14Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
quarta-feira, 19 de abril de 2017
Os discípulos de Emaús
Evangelho (Lc 24,13-35)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
13Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. 14Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido.
15Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. 16Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. 17Então Jesus perguntou: “Que ides conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste, 18e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?
19Ele perguntou: “Que foi?” Os discípulos responderam: “O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. 20Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 21Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! 22É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo 23e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. 24Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu”.
25Então Jesus lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! 26Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” 27E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele.
28Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Jesus entrou para ficar com eles. 30Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía.
31Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. 32Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?” 33Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. 34E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” 35Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
terça-feira, 18 de abril de 2017
Divina Misericórdia
No livro Diário de Santa Faustina, consta a seguinte conversa que a Santa teve diretamente com Nosso Senhor Jesus Cristo:
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Eu vi o Senhor
Evangelho (Jo 20,11-18)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 11Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo. 12Viu, então, dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés.
13Os anjos perguntaram: “Mulher, por que choras?” Ela respondeu: “Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram”. 14Tendo dito isto, Maria voltou-se para trás e viu Jesus, de pé. Mas não sabia que era Jesus. 15Jesus perguntou-lhe: “Mulher, por que choras? A quem procuras?” Pensando que era o jardineiro, Maria disse: “Senhor, se foste tu que o levaste dize-me onde o colocaste, e eu o irei buscar”.
16Então Jesus disse: “Maria!” Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: “Rabuni” (que quer dizer: Mestre). 17Jesus disse: “Não me segures. Ainda não subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. 18Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor!”, e contou o que Jesus lhe tinha dito.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
segunda-feira, 17 de abril de 2017
Alegrai-voss
Evangelho (Mt 28,8-15)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 8as mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos. 9De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: “Alegrai-vos!” As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés.
10Então Jesus disse a elas: “Não tenhais medo. Ide anunciar a meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão”. 11 Quando as mulheres partiram, alguns guardas do túmulo foram à cidade, e comunicaram aos sumos sacerdotes tudo o que havia acontecido. 12 Os sumos sacerdotes reuniram-se com os anciãos, e deram uma grande soma de dinheiro aos soldados, 13 dizendo-lhes: “Dizei que os discípulos dele foram durante a noite e roubaram o corpo, enquanto vós dormíeis. 14Se o governador ficar sabendo disso, nós o convenceremos. Não vos preocupeis”.
15Os soldados pegaram o dinheiro, e agiram de acordo com as instruções recebidas. E assim, o boato espalhou-se entre os judeus, até o dia de hoje.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
domingo, 16 de abril de 2017
Páscoa
Anúncio do Evangelho (Jo 20,1-9)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
1 No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo.
2 Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”.
3 Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5 Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou.
6 Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte.
8 Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou.
9 De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Jesus Cristo, Nosso Senhor, ressuscitou e está vivo no meio de nós. Venceu a morte. Prevaleceu a vida. Através da Santa Eucaristia, podemos nos encontrar e recebê-lo em nós todos os dias. Em sua memória, por todos os séculos, comemos o pão e bebemos o vinho, materializados na Hóstia consagrada. Através da sua ressurreição, Jesus prova que a morte não é o fim e que Ele é, verdadeiramente, o Filho de Deus. Celebremos e proclamemos a Vida!
"Sepulcro de Jesus
Domingo, 9 de abril de 30 d.C.
Alvorada
O dia ainda não raiou. Logo a aurora brilhará sobre Jerusalém, marcando o terceiro dia desde a morte de Jesus. Maria Madalena toma para si a responsabilidade da tradicional tarefa de examinar o corpo do morto. Ela vai ao local com outra mulher chamada Maria, embora esta não seja a mãe de Jesus.
Como no dia em que o Nazareno foi executado, as ruas da Cidade Alta estão silenciosas. Elas atravessam os muros da cidade pela porta do Jardim e agora refazem os últimos passos do Nazareno, seguindo em direção ao Gólgota.
A trave vertical em que Jesus foi crucificado continua erguida no topo da colina, aguardando a próxima crucificação. As duas Marias afastam os olhos dessa visão abominável e contornam a colina até o sepulcro de Jesus.
Seus pensamentos estão voltados para questões práticas. Maria Madalena nunca se esqueceu das tantas vezes em que Jesus foi bom para ela. E, da mesma forma que o havia ungido com perfume e lavado seus pés com suas lágrimas, ela agora pretende ungir seu corpo com óleos aromáticos.
É inconcebível para ela que o cadáver de Jesus possa apodrecer e exalar mau cheiro. Talvez dali a um ano, quando ela voltar para a Páscoa e estiver entre aqueles que rolarão a pedra que tapa o sepulcro de Jesus para reunir seus ossos, o aroma adocicado dos perfumes possa emanar da entrada da caverna em vez do cheiro da morte.
Esse, por sinal, é outro desafio que ela precisa enfrentar no momento: Maria é fisicamente incapaz de afastar a pedra que sela o mausoléu; ela precisará de ajuda.
Porém a maioria dos discípulos de Jesus continua foragida. Como o dia anterior foi sábado e Maria seguiu o mandamento que ordena descanso absoluto, ela não sabe do soldado romano enviado para vigiar a tumba.
Mas não há guarda algum ali. Ao se aproximarem da tumba, as duas Marias ficam chocadas. A pedra que bloqueia a entrada do sepulcro foi afastada. A cripta está vazia.
Maria Madalena dá um passo cauteloso à frente e espia o seu interior. Ela sente o aroma de mirra e aloé, usados para ungir o corpo de Jesus. Vê claramente a mortalha de linho em que o corpo estivera envolvido. Mas não há mais nada ali.
Até hoje, o corpo de Jesus de Nazaré nunca foi encontrado. " (O'Reilly, Bill; Dugard, Martin. "Os últimos passos de Jesus: Um fascinante relato histórico da vida e dos tempos de Jesus". Editora Sextante)
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sábado, 15 de abril de 2017
Sábado Santo. Vigília Pascal
Anúncio do Evangelho (Mt 28,1-10)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
1Depois do sábado, ao amanhecer do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. 2De repente, houve um grande tremor de terra: o anjo do Senhor desceu do céu e, aproximando-se, retirou a pedra e sentou-se nela.
3Sua aparência era como um relâmpago, e suas vestes eram brancas como a neve. 4Os guardas ficaram com tanto medo do anjo, que tremeram, e ficaram como mortos.
5Então o anjo disse às mulheres: “Não tenhais medo! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. 6Ele não está aqui! Ressuscitou, como havia dito! Vinde ver o lugar em que ele estava.
7Ide depressa contar aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos, e que vai à vossa frente para a Galileia. Lá vós o vereis. É o que tenho a dizer-vos”.
8As mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos.
9De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: “Alegrai-vos!”
As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés. 10Então Jesus disse a elas: “Não tenhais medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
"Cidade Alta de Jerusalém
7 de abril de 30 d.C. 3 da tarde às 6 da tarde
É preciso se apressar. O esquadrão da morte teve um dia duro, mas ainda há mais trabalho pela frente. Normalmente, eles deixam um homem na cruz por dias após a sua morte, às vezes permitindo que seu corpo se decomponha ou até seja devorado por animais selvagens.
Mas a lei judaica determina que não é permitido deixar um corpo em um “madeiro” durante o sábado, que começa ao pôr do sol do dia de hoje e continua ao longo de todo o dia seguinte.
Então o quaternio deve baixar Jesus da cruz e jogar seu corpo na vala comum reservada aos criminosos. O exactor mortis se certifica da morte de Jesus perfurando seu peito com uma lança. Os fluidos pleural e pericárdico acumulados em volta do coração e dos pulmões de Jesus por horas jorram para fora, misturados a um jato de sangue.
Após puxar a ponta da lança de volta, o capitão da guarda ordena que seus homens removam Jesus da cruz. É uma crucificação ao contrário, com os homens usando escadas e trabalhando em equipe para baixar Jesus e a trave mestra ao chão. Jesus é deitado de costas novamente, mas agora o esquadrão da morte precisa se empenhar em remover os pregos sem entortá-los.
O ferro é caro, e os pregos são reutilizados o maior número de vezes possível. Quase todos aqueles que testemunharam a crucificação de Jesus já foram embora. Maria, sua mãe, e Maria Madalena estão entre os que restaram.
Mas, enquanto os soldados dão continuidade ao trabalho árduo de retirar o homem da cruz, um saduceu chamado José de Arimateia se aproxima. Este rico membro do Sinédrio e discípulo secreto de Jesus foi uma das poucas vozes discordantes durante o julgamento ilegal.
A outra foi a de Nicodemos, o fariseu, que agora se encontra ao lado de José no topo do Gólgota. Eles receberam permissão de Pilatos para levar o corpo, uma vez que o governador deseja abafar a execução o mais rápido possível.
De forma um tanto espantosa, José e Nicodemos estão declarando publicamente sua sujeição aos ensinamentos de Jesus. José leva o corpo de Jesus ao mausoléu particular de sua família, uma caverna recém-escavada no calcário maleável de uma encosta perto dali.
Os judeus acreditam que a simples presença de um criminoso em um mausoléu é suficiente para profaná-lo. E o que é pior: o ato de tocar um cadáver na Páscoa torna qualquer membro do Sinédrio impuro e o desqualifica para participar do Sêder, o banquete cerimonial a ser realizado nesse dia.
Pela lei, José e Nicodemos serão declarados impuros e deverão se submeter a um ritual de purificação de sete dias. No entanto, esses dois membros corajosos do Sinédrio não dão importância a isso e demonstram sua lealdade a Jesus carregando seu corpo sem vida pelo Gólgota abaixo e até o mausoléu.
Não há tempo para executar o ritual de limpeza e unção do cadáver com óleo. Mas eles realizam o gesto extravagante de cobrir o corpo com mirra e aloé, perfumes caros que servem para atenuar o cheiro de decomposição que está por vir.
Então envolvem o corpo em um tecido de linho, fazendo questão de deixá-lo frouxo ao redor do seu rosto para o caso de Jesus não estar realmente morto, mas apenas inconsciente.
Desta forma, ele não sufocará. A tradição judaica determina que todos os corpos devem ser examinados três dias depois da morte aparente. Assim, o sepulcro será reaberto e Jesus será examinado no domingo. Mas tudo isso não passa de uma formalidade, pois Jesus está claramente morto.
A perfuração causada pela lança em seu pericárdio não deixa dúvida. Mesmo assim, o sepulcro será reaberto no domingo. Depois que a morte for oficialmente declarada, seu cadáver continuará ali por um ano inteiro.
Então os ossos serão removidos de seu corpo decomposto e depositados em um pequeno jarro de pedra chamado de ossário, que por sua vez será armazenado em um nicho escavado na parede do mausoléu ou transferido para outro local.
O sepulcro de Jesus fica em um jardim do lado de fora da cidade. A pedra que cobrirá sua entrada pesa centenas de quilos. Ela já está posicionada sobre um sulco que torna mais fácil rolá-la. O sulco, no entanto, foi aberto em um ângulo ligeiramente descendente.
Isolar o sepulcro hoje será mais fácil do que afastar a pedra pesada para abri-lo no domingo. José e Nicodemos carregam o corpo para dentro do mausoléu e o deitam sobre o leito de pedra lavrada.
Poeira e um cheiro forte de perfume pairam no ar. Os homens se despedem formalmente de Jesus e então saem do mausoléu. Maria, mãe de Jesus, observa os dois homens fazerem força para rolar a pedra que vedará a entrada do sepulcro.
Maria Madalena também assiste à cena. O feixe de luz do sol que invade a cripta fica cada vez menor à medida que a pedra ocupa o seu lugar. Jesus de Nazaré previu sua morte e até pediu a Deus que afastasse o cálice da amargura de seus lábios.
Mas agora está feito. O silêncio no túmulo é completo. Sozinho na escuridão do mausoléu, Jesus de Nazaré finalmente descansa em paz.
Palácio de Pilatos, Jerusalém
Sábado, 8 de abril de 30 d.C. Dia
Pôncio Pilatos tem visitas. Novamente, Caifás e os fariseus se encontram diante dele. Mas agora eles estão dentro do palácio, pois já não temem que a presença do governador os torne impuros, uma vez que a Páscoa chegou ao fim.
Pela primeira vez, Pilatos nota que Caifás está aterrorizado com o poder de Jesus. O que não era tão óbvio enquanto o Nazareno estava vivo é bastante claro depois da sua morte, pois o sumo sacerdote está fazendo um pedido muito incomum.
Caifás diz a Pilatos, sem rodeios: – Aquele impostor disse: “Depois de três dias ressuscitarei.” Ordena, pois, que o sepulcro dele seja guardado até o terceiro dia, para que não venham seus discípulos e, roubando o corpo, digam ao povo que ele ressuscitou dentre os mortos.
Há certa lógica em seu pedido. O desaparecimento do corpo de Jesus poderia levar a uma revolta contra os sacerdotes do Templo caso seus seguidores convencessem o povo de que aquele homem que afirmava ser o Cristo provou ser imortal.
A presença da guarda romana frustraria qualquer tentativa de violar o sepulcro e roubar o cadáver. Pilatos atende ao pedido de Caifás. – Levem um destacamento – ordena ele. – Podem ir, e mantenham o sepulcro em segurança como acharem melhor.
Assim, guardas romanos passam a vigiar o sepulcro de Jesus, para o caso de o defunto tentar escapar. Esse deveria ter sido o fim da história. O agitador blasfemador está morto. O Sinédrio e Roma não têm mais motivos para se preocuparem.
Se os seguidores do Nazareno pretendiam causar problemas, não há qualquer sinal disso. Os discípulos parecem acovardados, ainda perplexos com a morte de seu messias. Eles estão foragidos e não representam ameaça para Roma.
Pilatos se sente aliviado. Logo estará a caminho de Cesareia, onde poderá voltar a governar sem a interferência constante dos sacerdotes do Templo.
Mas Caifás se recusa a ir embora. Trajando suas vestes caras de linho, ele continua diante de Pilatos, sem saber o que o governador dirá a Roma. Ele tem muito a perder, e o fato de Pilatos ter “lavado suas mãos” o preocupa, pois deixa claro que o governador está tentando se distanciar daquele processo todo.
Ele perderá tudo se o imperador Tibério o culpar pela morte de Jesus. Então Caifás se mantém firme, buscando qualquer sinal de aprovação por parte de Pilatos, mas o governador romano está farto da arrogância daquele sacerdote. Sem dizer mais nada, ele se levanta e vai embora." (O'Reilly, Bill; Dugard, Martin. Os últimos passos de Jesus: Um fascinante relato histórico da vida e dos tempos de Jesus. Editora Sextante.)
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