Aprendamos com São João Batista a ser profetas do Senhor. Ele prepara os caminhos de Jesus e diz: “É Ele, é Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
“Que será este menino? Porque a mão do Senhor estava com ele. O menino foi crescendo e forticava-se em espírito e viveu nos desertos, até o dia em que se apresentou diante de Israel” (Lucas 1, 80).
Deus hoje nos dá a graça de celebrarmos o nascimento de São João Batista, aquele que é o precursor do Messias e que veio preparar os caminhos para que Jesus chegasse até nós.
E quem é João Batista? Ele é o último dos profetas no Antigo Testamento e o primeiro dos profetas no Novo Testamento. Ele é o elo, a ponte que liga o Velho ao Novo Testamento, que transforma o que era velho em novo pela graça de Deus.
Ainda conhecendo a Lei Antiga, João diminui a si mesmo e rebaixa-se para que sobre ele venha o novo, que é Deus. João é aquele que, desde o ventre de sua mãe, é santificado e preparado. É aquele que morre para si para que Jesus cresça por intermédio dele. É ele quem diz: “Convém que ele cresça e eu diminua” (João 3, 30).
São João é aquele que não chama a atenção para si, mas aponta o dedo, o caminho e a direção ao dizer: “É Ele, é Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo“.
João é uma voz por meio da qual a Palavra de Deus ecoa e chega até os corações. São João é o grande profeta responsável por nos preparar os caminhos do Senhor! Por isso, hoje, celebramos com muita solenidade e com muita festa o nascimento desse profeta.
Na Igreja, nós só celebramos o nascimento de Jesus, o nascimento de Sua Mãe, Maria Santíssima, e o nascimento de João Batista, santificado ainda no ventre de sua mãe e preparado para ser o profeta do Senhor.
Assim como João Batista foi santificado no ventre de sua mãe, nós queremos no dia de hoje rezar por nossas crianças e pedir por todas as mães que estão grávidas, trazendo dentro de si a vida de uma nova criatura, um filho que vem para trazer sempre uma boa nova.
Rezemos pelas nossas crianças que estão ainda no ventre de suas mães para que se desenvolvam com sabedoria e com inteligência. E para que venham a este mundo abençoadas, como João Batista também o foi, e possam crescer e se apresentar diante do mundo como servas de Deus.
Peçamos a São João Batista que nos ensine a ser também profetas. Profeta é aquele que não tem voz própria. É aquele que se faz voz de Deus para os outros, é aquele que se abaixa para que Deus apareça por intermédio dele!
Fonte: Canção Nova.
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Segundo a narração do Evangelho de São Lucas, João Batista era filho do sacerdote Zacarias e Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus. Foi profeta e é considerado, principalmente pelos cristãos ortodoxos, como o "precursor" do prometido Messias, Jesus Cristo.
A importância do seu nome João advém do seu significado que é "Deus é propício" e apelidaram-no "Baptista" pelo facto de pregar um batismo de penitência (Lucas 3,3).
Batizou muitos judeus, incluindo Jesus, no rio Jordão, e introduziu o batismo de gentios nos rituais de conversão judaicos, que mais tarde foram adaptados pelo cristianismo.
É o único santo cujo nascimento e martírio, em 24 de Junho e em 29 de Agosto respectivamente, são evocados em duas solenidades pelos cristãos .
João nasceu numa pequena aldeia chamada Aim Karim, a cerca de seis quilômetros lineares de distância a oeste de Jerusalém.[carece de fontes] Segundo interpretações do Evangelho de Lucas, era um nazireu de nascimento.
Outros documentos defendem que pertencia à facção nazarita de Israel, integrando-a na puberdade, era considerado, por muitos, um homem consagrado.
De acordo com a cronologia neste artigo, João teria nascido no ano 7 a.C.; os historiadores religiosos tendem a aproximar esta data do ano 1º, apontando-a para 2 a.C..
Como era prática ritual entre os judeus, o seu pai Zacarias teria procedido à cerimônia da circuncisão, ao oitavo dia de vida do menino.
A sua educação foi grandemente influenciada pelas ações religiosas e pela vida no templo, uma vez que o seu pai era um sacerdote e a sua mãe pertencia a uma sociedade chamada "as filhas de Araão", as quais cumpriam com determinados procedimentos importantes na sociedade religiosa da altura.
Aos 6 anos de idade, de acordo com a educação sistemática judaica, todos os meninos deveriam iniciar a sua aprendizagem "escolar". Em Judá não existia uma escola, pelo que terá sido o seu pai e a sua mãe a ensiná-lo a ler e a escrever, e a instruí-lo nas atividades regulares.
Aos 14 anos há uma mudança no ensino. Os meninos, graduados nas escolas da sinagoga, iniciam um novo ciclo na sua educação. Como não existia uma escola em Judá, os seus pais terão decidido levar João a Engedi (atual Qumram) com o fito de este ser iniciado na educação nazarita.
Engedi era a sede ao sul da irmandade nazarita, situava-se perto do Mar Morto e era liderada por um homem, reconhecido, de nome "Ebner".
João terá efetuado os votos de nazarita que incluíam abster-se de bebidas intoxicantes, o deixar o cabelo crescer, e o não tocar nos mortos. As ofertas que faziam parte do ritual foram entregues em frente ao templo de Jerusalém como caracterizava o ritual.
Segundo o relato bíblico (Mt 3,4), João também trajava veste simples (de pelos de camelo, um cinto de couro em torno de seus lombos) e alimentava-se de "gafanhotos (ou alfarrobas) e mel silvestre" - considerando que o termo "gafanhoto" é referido também como tal planta (Ceratonia siliqua), uma árvore de fruto adocicado comestível, nativa da região mediterrânica, onde provavelmente vivia o personagem bíblico, conhecida ainda como Pão-de-João ou Pão-de-São-João , fiueira-de-pitágoras e figueira-do-egipto .
O pai de João, Zacarias, terá morrido no ano 12 d.C.. João teria 18-19 anos de idade, e terá sido um esforço manter o seu voto de não tocar nos mortos. Com a morte do seu pai, Isabel ficaria dependente de João para o seu sustento.
Era normal ser o filho mais velho a sustentar a família com a morte do pai. João seria filho único. Para se poder manter próximo de Engedi e ajudar a sua mãe, eles terão se mudado, de Judá para Hebrom (o deserto da Judeia).
Ali João terá iniciado uma vida de pastor, juntando-se às dezenas de grupos ascetas que deambulavam por aquela região, e que se juntavam amigavelmente e conviviam com os nazaritas de Engedi.
Isabel terá morrido no ano 22.d.C e foi sepultada em Hebrom. João ofereceu todos os seus bens de família à irmandade nazarita e aliviou-se de todas as responsabilidades sociais, iniciando a sua preparação para aquele que se tornou um “objectivo de vida” - pregar aos gentios e admoestar os judeus, anunciando a proximidade de um “Messias” que estabeleceria o “Reino do Céu”.
De acordo com um médico da Antioquia, que residia em Písia, de nome Lucas, João terá iniciado o seu trabalho de pregador no 15º ano do reinado de Tibério.
Lucas foi um discípulo de Paulo, e morreu em 90. A sua herança escrita, narrada no "Evangelho segundo São Lucas" e "Atos dos Apóstolos" foram compiladas em acordo com os seus apontamentos dos conhecimentos de Paulo e de algumas testemunhas que ele considerou.
Este 15º ano do reinado de Tibério César terá marcado, então, o início da pregação pública de João e a sua angariação de discípulos por toda a Judeia em acordo com o Novo Testamento.
Esta data choca com os acontecimentos cronológicos. O ano 15 do reinado de Tibério ocorreu no ano 29 d.C.. Nesta data, quer João Batista, quer Jesus teriam provavelmente 36 a 37 anos de idade. Desta forma, considera-se que Lucas tenha errado na datação dos acontecimentos.
É perspectiva comum que a principal influência na vida de João terá sido o registros que lhe chegaram sobre o profeta Elias. Mesmo a sua forma de vestir com peles de animais e o seu método de exortação nos seus discursos públicos, demonstravam uma admiração pelos métodos antepassados do profeta Elias.
Foi muitas vezes chamado de “encarnação de Elias” e o Novo Testamento, pelas palavras de Lucas, refere mesmo que existia uma incidência do Espírito de Elias nas ações de João.
O Discurso principal de João era a respeito da vinda do Messias. Grandemente esperado por todos os judeus, o Messias era a fonte de toda as esperanças deste povo em restaurar a sua dignidade como nação independente.
Os judeus defendiam a ideia da sua nacionalidade ter iniciado com Abraão, e que esta atingiria o seu ponto culminar com achegada do Messias. João advertia os judeus e convertia gentios, e isto tornou-o amado por uns e desprezado por outros.
Importante notar que João não introduziu o batismo no conceito judaico, este já era uma cerimônia praticada. A inovação de João terá sido a abertura da cerimônia à conversão dos gentios, causando assim muita polêmica.
Numa pequena aldeia de nome “Adão” João pregou a respeito “daquele que viria”, do qual não seria digno nem de apertar as alparcas (as correias das sandálias). Nessa aldeia também, João acusou Herodes e repreendeu-o no seu discurso, por este ter uma ligação com a sua cunhada Herodíades, que era mulher de Filipe, rei da Ituréia e Traconites (irmão de Herodes Antipas I).
Esta acusação pública chegou aos ouvidos do tetrarca e valeu-lhe a prisão e a pena capital por decapitação alguns meses mais tarde.
João batizava em Pela, quando Jesus se aproximou, na margem do rio Jordão. A síntese bíblica do acontecimento é resumida, mas denota alguns fatores fundamentais no sentimento da experiência de João. Nesta altura João encontrava-se no auge das suas pregações.
Teria já entre 25 a 30 discípulos e batizava judeus e gentios arrependidos. Neste tempo os judeus acreditavam que Deus castigava não só os iníquos, mas as suas gerações descendentes.
Eles acreditavam que apenas um judeu poderia ser o culpado do castigo de toda a nação. O batismo para muitos dos judeus não era o resultado de um arrependimento pessoal. O trabalho de João progredia [carece de fontes].
Os relatos Bíblicos contam a história da voz que se ouviu, quando João batizou Jesus, dizendo “este é o Meu filho amado no qual ponho toda a minha complacências”.
Refere que uma pomba esvoaçou sobre os dois personagens dentro do rio, e relacionam essa ave com uma manifestação do Espírito Santo. Este acontecimento sem qualquer repetição histórica tem servido por base a imensas doutrinas.
O aprisionamento de João ocorreu na Pereia, a mando do Rei Herodes Antipas I no 6º mês do ano 26 d.C.. Ele foi levado para a fortaleza de Macaeros (Maqueronte), onde foi mantido por dez meses até ao dia de sua morte.
O motivo desse aprisionamento apontava para a liderança de uma revolução. Herodias, por intermédio de sua filha, tradicionalmente chamada de Salomé, conseguiu coagir o Rei na morte de João, e a sua cabeça foi-lhe entregue numa bandeja de prata.
Os discípulos de João trataram do sepultamento do seu corpo e de anunciar a sua morte ao seu primo Jesus.
Fonte: Wikipedia
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