terça-feira, 30 de junho de 2015

A grande tempestade


Evangelho (Mt 8,23-27)

— O Senhor esteja convosco.— Ele está no meio de nós.—

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo,

23Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam.

24E eis que houve uma grande tempestade no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas. Jesus, porém, dormia.

25Os discípulos aproximaram-se e o acordaram, dizendo: “Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!”

26Jesus respondeu: “Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?” Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria.

27Os homens ficaram admirados e diziam: “Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?”

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Deixa que os mortos sepultem os seus mortos

Evangelho (Mt 8,18-22)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 18vendo uma multidão ao seu redor, Jesus mandou passar para a outra margem do lago.
19Então um mestre da Lei aproximou-se e disse: “Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás”.
20Jesus lhe respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. 
21Um outro dos discípulos disse a Jesus: “Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai”. 
22Mas Jesus lhe respondeu: “Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Reflexão (CNBB)

O seguimento de Jesus traz consigo uma série de implicações e exige de todos nós muito mais do que o entusiasmo ou a boa vontade. Exige disposição de deixar muita coisa para trás, inclusive o conforto, os costumes, a cultura e até mesmo os grandes valores que norteiam a nossa vida. Seguir Jesus significa ter a disposição de sempre ir em frente, sempre ir além, sempre buscar o novo para que a boa nova aconteça, é uma vida marcada sempre por novos desafios, é sempre atravessar o lago e buscar a outra margem do lago onde novas pessoas esperam para serem evangelizadas. Seguir Jesus significa colocar a obra evangelizadora acima de tudo.

São Pedro e São Paulo




São Pedro e São Paulo Apóstolos - principais líderes da Igreja Cristã

Ontem, 28/6, a Igreja do mundo inteiro celebrou a santidade de vida de São Pedro e São Paulo apóstolos. Estes santos são considerados “os cabeças dos apóstolos” por terem sido os principais líderes da Igreja Cristã Primitiva, tanto por sua fé e pregação, como pelo ardor e zelo missionários.

Pedro, que tinha como primeiro nome Simão, era natural de Betsaida, irmão do Apóstolo André. Pescador, foi chamado pelo próprio Jesus e, deixando tudo, seguiu ao Mestre, estando presente nos momentos mais importantes da vida do Senhor, que lhe deu o nome de Pedro.

Em princípio, fraco na fé, chegou a negar Jesus durante o processo que culminaria em Sua morte por crucifixão. 

O próprio Senhor o confirmou na fé após Sua ressurreição (da qual o apóstolo foi testemunha), tornando-o intrépido pregador do Evangelho através da descida do Espírito Santo de Deus, no Dia de Pentecostes, o que o tornou líder da primeira comunidade. 

Pregou no Dia de Pentecostes e selou seu apostolado com o próprio sangue, pois foi martirizado em uma das perseguições aos cristãos, sendo crucificado de cabeça para baixo a seu próprio pedido, por não se julgar digno de morrer como seu Senhor, Jesus Cristo. 

Escreveu duas Epístolas e, provavelmente, foi a fonte de informações para que São Marcos escrevesse seu Evangelho.

Paulo, cujo nome antes da conversão era Saulo ou Saul, era natural de Tarso. Recebeu educação esmerada “aos pés de Gamaliel”, um dos grandes mestres da Lei na época. 

Tornou-se fariseu zeloso, a ponto de perseguir e aprisionar os cristãos, sendo responsável pela morte de muitos deles.

Converteu-se à fé cristã no caminho de Damasco, quando o próprio Senhor Ressuscitado lhe apareceu e o chamou para o apostolado. Recebeu o batismo do Espírito Santo e preparou-se para o ministério.

Tornou-se um grande missionário e doutrinador, fundando muitas comunidades. De perseguidor passou a perseguido, sofreu muito pela fé e foi coroado com o martírio, sofrendo morte por decapitação. 

Escreveu treze Epístolas e ficou conhecido como o “Apóstolo dos gentios”.

São Pedro e São Paulo, rogai por nós! 

Fonte: Canção Nova

domingo, 28 de junho de 2015

Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei minha Igreja

Anúncio do Evangelho (Mt 16,13-19)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”
14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”.
15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?”
16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”.
17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 
18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 
19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

HOMILIA

A exemplo de Pedro e Paulo, anunciemos o Evangelho de Cristo. Duas colunas da Igreja, duas direções por onde a Igreja deve caminhar para trilhar um único e mesmo caminho: Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
“Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la” (Mateus 16, 18).
A Igreja nos dá a alegria de celebrarmos de uma só vez os dois apóstolos São Pedro e São Paulo: duas colunas da Igreja, duas direções por onde a Igreja deve caminhar para trilhar um único e mesmo caminho: Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Paulo se converteu mais tarde à fé cristã. Antes disso ele era um ardoroso perseguidor daqueles que eram discípulos do caminho, daqueles que caminhavam na trilha de Cristo Jesus. Paulo foi alcançado por Jesus e uma vez que o Senhor alcançou seu coração, este se entregou de forma incansável a este ministério, de modo a se tornar o maior dos apóstolos ao lado de Pedro.
Paulo, o missionário, o homem da Palavra, o homem da eficácia evangélica. Precisamos aprender com esse apóstolo a não nos cansarmos de evangelizar. É como se ele mesmo dissesse: “Ai de mim se não evangelizar!”. 
É alguém que foi tocado de forma tão ardorosa pela graça divina que não encontra o sossego dentro de si enquanto não levar essa chama acessa a todos os cantos. Por isso, Paulo atravessa o Mediterrâneo, funda comunidades e igrejas e leva o ardor apostólico ao coração de tantos outros.
Nós hoje pedimos a intercessão de Paulo junto a Deus pelo espírito missionário, que conduz a Igreja de Cristo a levar a Palavra de Deus a todos os cantos da Terra. Pedimos a intercessão de Paulo junto a Deus por aqueles que estão em terras longínquas, distantes e sofrem para anunciar o Evangelho. 
Pedimos a intercessão dele pela Igreja perseguida, marginalizada, que sofre a pobreza extrema na África, que sofre por não ser aceita no Oriente Médio e em muitos países de cultura não cristã. Que a  Igreja destemida olhe para Paulo e encontre nele um exemplo da pregação evangélica!
A outra coluna da Igreja é o apóstolo Pedro, aquele que professa a sua fé em Jesus dizendo: “Tu és o Cristo! O Filho do Deus vivo”, sobre o qual está edificada a unidade da Igreja. A figura de Pedro é fundamental para que se compreenda que há uma só fé, um só batismo, um só Cristo e Senhor de todos! Pedro não quer dizer descentralização, mas quer dizer unidade. 
Pedro não quer dizer que somos todos iguais, mas sim que a diversidade congrega na unidade a figura daquele a quem o Senhor constituiu como pedra da sua Igreja.
Quando falamos de Pedro, nós nos lembramos da pedra, coluna principal para a qual todas as outras convergem. E olhemos hoje para o Pedro de nossos dias: o Papa Francisco, ardoroso apóstolo da Palavra de Deus, incansável no seu amor aos pobres, ardoroso no espírito missionário que renova a Igreja.
Pedimos a intercessão do apóstolo Pedro junto a Deus para que ele peça luz, força, coragem e entusiasmo ao nosso querido Santo Padre, o Papa, para que continue sendo um sinal visível da unidade da Igreja de Cristo. E que essa Igreja cresça, se fortifique e leve a todos os cantos da Terra a mensagem do Evangelho!

Fonte: Canção Nova

sábado, 27 de junho de 2015

Muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa junto com Abraão, Isaac e Jacó.


Evangelho (Mt 8,5-17)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 5quando Jesus entrou em Cafarnaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: 6“Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia”.

7Jesus respondeu: “Vou curá-lo”. 8O oficial disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. 9Pois eu também sou subordinado e tenho soldados sob minhas ordens. E digo a um: ‘Vai!’, e ele vai; e a outro: ‘Vem!’, e ele vem; e digo a meu escravo: ‘Faze isto!’, e ele faz”.

10Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: “Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. 11Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó, 12enquanto os herdeiros do Reino serão jogados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes”.

13Então, Jesus disse ao oficial: “Vai! e seja feito como tu creste”. E, naquela mesma hora, o empregado ficou curado.14Entrando Jesus na casa de Pedro, viu a sogra dele deitada e com febre. 15Tocou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela se levantou, e pôs-se a servi-lo. 16Quando caiu a tarde, levaram a Jesus muitas pessoas possuídas pelo demônio. Ele expulsou os espíritos, com sua palavra, e curou todos os doentes, 17para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: “Ele tomou as nossas dores e carregou as nossas enfermidades”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


REFLEXÃO:

Ele tomou as nossas dores e carregou sobre si as nossas enfermidades. Jesus é solidário com todos os que sofrem e é sempre uma presença de amor em suas vidas. A sua presença manifesta o amor que Deus tem pelo gênero humano. Quem tem fé verdadeira é sempre capaz de ver a presença de Jesus na sua própria vida, principalmente nos momentos de sofrimento e de dor, e sente os efeitos dessa presença amorosa. O verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que manifesta a todos os que sofrem esta presença e esta solidariedade de Jesus, e o faz através do serviço, ou seja, tornando-se ele próprio uma extensão do braço amoroso de Jesus que atua nos momentos difíceis da vida de todos.

A descendência de Ismael e Isaac

Primeira Leitura (Gn 16,6b-12.15-16)

Leitura do Livro do Gênesis.
Naqueles dias, 6bSarai maltratou tanto Agar que ela fugiu. 7Um anjo do Senhor, encontrando-a junto à fonte do deserto, no caminho de Sur, disse-lhe: 8“Agar, escrava de Sarai, de onde vens e para onde vais?” Ela respondeu: “Estou fugindo de Sarai, minha senhora”. 9E o anjo do Senhor lhe disse: “Volta para a tua senhora e sê submissa a ela”. 10E acrescentou: “Multiplicarei a tua descendência de tal forma, que não se poderá contar”. 11Disse, ainda, o anjo do Senhor: “Olha, estás grávida, e darás à luz um filho e o chamarás Ismael, porque o Senhor te ouviu na tua aflição. 12Ele será indomável como um jumento selvagem, sua mão se levantará contra todos, e a mão de todos contra ele. E ele viverá separado de todos os seus irmãos”.
15Agar deu à luz o filho de Abrão; e ele pôs o nome de Ismael ao filho que Agar lhe deu. 16Abrão tinha oitenta e seis anos, quando Agar deu à luz Ismael.

Primeira Leitura (Gn 17,1.9-10.15-22)

Leitura do Livro do Gênesis.
1Abrão tinha noventa e nove anos de idade, quando o Senhor lhe apareceu e lhe disse: “Eu sou o Deus Poderoso. Anda na minha presença e sê perfeito”. 9Deus disse ainda a Abraão:” Guarda a minha aliança, tu e a tua descendência para sempre. 10Esta é a minha aliança que devereis observar, aliança entre mim e vós e tua descendência futura: todo homem entre vós deverá ser circuncidado”. 15Deus disse também a Abraão: “Quanto à tua mulher, Sarai, já não a chamarás Sarai, mas Sara. 16Eu a abençoarei e também dela te darei um filho. Vou abençoá-la, e ela será mãe de nações, e reis de povos dela sairão”.
17Abraão prostrou-se com o rosto em terra, e pôs-se a rir, dizendo consigo mesmo: “Será que um homem de cem anos vai ter um filho e que, aos noventa anos, Sara vai dar à luz?” 18E, dirigindo-se a Deus, disse: “Se ao menos Ismael pudesse viver em tua presença”. 19Deus, porém, disse: “Na verdade, é Sara, tua mulher, que te dará um filho, a quem chamarás Isaac. Com ele estabelecerei a minha aliança, uma aliança perpétua para a sua descendência.20Atendo ao teu pedido, também, a respeito de Ismael. Eu o abençoarei e tornarei fecundo e extremamente numeroso. Será pai de doze príncipes e farei dele uma grande nação. 21Mas, quanto à minha aliança, eu a estabelecerei com Isaac, o filho que Sara te dará no ano que vem, por este tempo”. 22Tendo acabado de falar com Abraão, Deus se retirou.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Assim, no futuro, a descendência de Ismael deu origem ao povo árabe. A de Issac o povo judeu. Ambos, porém, filhos do mesmo patriarca, Abraão. Oremos para que tais povos, hoje, encontrem o caminho da paz !

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Se queres, tu tens o poder de me purificar

Evangelho (Mt 8,1-4)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

1Tendo Jesus descido do monte, numerosas multidões o seguiam. 2Eis que um leproso se aproximou e se ajoelhou diante dele, dizendo: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar”. 3Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero, fica limpo”. No mesmo instante, o homem ficou curado da lepra.
4Então Jesus lhe disse: “Olha, não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote, e faze a oferta que Moisés ordenou, para servir de testemunho para eles”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


REFLEXÃO: 
O Evangelho de hoje nos mostra coisas muito interessantes. Inicialmente, Jesus desce do monte, o que nos mostra que devemos subir ao monte para conversar sobre coisas importantes, mas não podemos ficar lá para sempre, precisamos descer. As multidões o seguiam, porque o discurso do Evangelho convence, faz com que as pessoas dêem sua adesão a Jesus e à causa do Reino. Por fim, nos mostra que as verdades refletidas sobre o monte devem ser vividas, pois Jesus faz isso, vendo a necessidade de quem dele se aproxima e fazendo o que está ao seu alcance para que o mal seja vencido e todas as pessoas possam ter uma vida digna de filhos e filhas de Deus.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

A casa construída sobre a rocha

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 7,21-29

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:

2l Nem todo aquele que me diz: 'Senhor, Senhor',
entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática
a vontade de meu Pai que está nos céus.

22 Naquele dia, muitos vão me dizer:
'Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos?

Não foi em teu nome que expulsamos demônios?
E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres?'

23 Então eu lhes direi publicamente:
'Jamais vos conheci.
Afastai-vos de mim, vós que praticais o mal.

24 Portanto, quem ouve estas minhas palavras
e as põe em prática,
é como um homem prudente,
que construiu sua casa sobre a rocha.

25 Caiu a chuva, vieram as enchentes,
os ventos deram contra a casa,
mas a casa não caiu,
porque estava construída sobre a rocha.

26 Por outro lado,
quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática,
é como um homem sem juízo,
que construiu sua casa sobre a areia.

27 Caiu a chuva, vieram as enchentes,
os ventos sopraram e deram contra a casa,
e a casa caiu, e sua ruína foi completa!'

28 Quando Jesus acabou de dizer estas palavras,
as multidões ficaram admiradas com seu ensinamento.

29 De fato, ele as ensinava como quem tem autoridade
e não como os mestres da lei.

Palavra da Salvação.



HOMILIA

O segredo do Reino de Deus não é falar, é viver; não é conhecer apenas a Deus, é conhecer a vontade d’Ele e fazer todo o esforço para colocá-la em prática.

“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mateus 7, 21).

É preciso prestar bastante atenção ao que o Senhor nos diz, porque todos nós clamamos o nome de Deus, proclamamos, falamos e pregamos em nome d’Ele. E muitas vezes, fazemos pregações maravilhosas a respeito do Senhor e até nos orgulhamos de levar a vida em nome d’Ele.

No entanto, a Palavra de Deus hoje nos chama à atenção de forma muito séria: “Não é aquele que diz: ‘Senhor, Senhor’, que tem o lugar garantido no Reino de Deus, mas sim aquele que faz a vontade de Deus!” (Mateus 7, 21). O segredo do Reino de Deus não é falar, é viver; não é conhecer apenas a Deus, mas sim conhecer a Sua vontade e fazer todo o esforço para colocá-la em prática.

Permita-me dizer: “carteirinha de religião” não salva ninguém! Títulos de Igreja menos ainda! Ser amigo desse ou daquele pregador, padre e pastor também não nos garante nada; pelo contrário, isso tudo só aumenta a nossa responsabilidade.

Essa é uma chamada de atenção a todos nós que temos alguma função na casa de Deus. Nesse caso, a nossa responsabilidade é muito maior porque conhecemos e, muitas vezes, não praticamos, ignoramos e fazemos de conta de que não sabemos ou não nos esforçamos o suficiente para colocar em prática a vontade de Deus.

Precisamos de um alicerce firme, porque nesta vida teremos tribulações de todos os lados. De cima poderão vir as chuvas; do lado os ventos; debaixo as enchentes, mas se o alicerce não somos nós mesmos, nem o nosso orgulho e a nossa arrogância, mas sim Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, nós sobrevivemos, suportamos e saímos com vida das tribulações pelas quais passamos na vida.

Para isso é necessário aplicação para morrer para si a fim de que Deus seja tudo em nós, a aplicação de dizer como São Paulo: “Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim” (Gálatas 2,20). E aplicação para vencer a hipocrisia, pois o maior dos males para uma pessoa religiosa é não viver o que prega, não colocar em prática o que ensina e viver de forma contraditória àquilo em que acredita.

É preciso, muitas vezes, silenciar para nos rever, para repensar nossa vida e olhar para nós mesmos e perceber em que área precisamos melhorar, em que precisamos nos aplicar melhor e de que modo temos fugido da graça e da vontade de Deus!

Fonte: Canção Nova

quarta-feira, 24 de junho de 2015

História de João Batista

Aprendamos com São João Batista a ser profetas do Senhor. Ele prepara os caminhos de Jesus e diz: “É Ele, é Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
“Que será este menino? Porque a mão do Senhor estava com ele. O menino foi crescendo e forticava-se em espírito e viveu nos desertos, até o dia em que se apresentou diante de Israel” (Lucas 1, 80).
Deus hoje nos dá a graça de celebrarmos o nascimento de São João Batista, aquele que é o precursor do Messias e que veio preparar os caminhos para que Jesus chegasse até nós.
E quem é João Batista? Ele é o último dos profetas no Antigo Testamento e o primeiro dos profetas no Novo Testamento. Ele é o elo, a ponte que liga o Velho ao Novo Testamento, que transforma o que era velho em novo pela graça de Deus.
Ainda conhecendo a Lei Antiga, João diminui a si mesmo e rebaixa-se para que sobre ele venha o novo, que é Deus. João é aquele que, desde o ventre de sua mãe, é santificado e preparado. É aquele que morre para si para que Jesus cresça por intermédio dele. É ele quem diz: “Convém que ele cresça e eu diminua” (João 3, 30).
São João é aquele que não chama a atenção para si, mas aponta o dedo, o caminho e a direção ao dizer: “É Ele, é Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo“.
João é uma voz por meio da qual a Palavra de Deus ecoa e chega até os corações. São João é o grande profeta responsável por nos preparar os caminhos do Senhor! Por isso, hoje, celebramos com muita solenidade e com muita festa o nascimento desse profeta.
Na Igreja, nós só celebramos o nascimento de Jesus, o nascimento de Sua Mãe, Maria Santíssima, e o nascimento de João Batista, santificado ainda no ventre de sua mãe e preparado para ser o profeta do Senhor.
Assim como João Batista foi santificado no ventre de sua mãe, nós queremos no dia de hoje rezar por nossas crianças e pedir por todas as mães que estão grávidas, trazendo dentro de si a vida de uma nova criatura, um filho que vem para trazer sempre uma boa nova.
Rezemos pelas nossas crianças que estão ainda no ventre de suas mães para que se desenvolvam com sabedoria e com inteligência. E para que venham a este mundo abençoadas, como João Batista também o foi, e possam crescer e se apresentar diante do mundo como servas de Deus.
Peçamos a São João Batista que nos ensine a ser também profetas. Profeta é aquele que não tem voz própria. É aquele que se faz voz de Deus para os outros, é aquele que se abaixa para que Deus apareça por intermédio dele!
Fonte: Canção Nova.


João Batista (Judeia, 2 a.C. — 27 d.C.) foi um pregador judeu do início do século I, citado pelo historiador Flávio Josefo e os autores dos quatro Evangelhos da Bíblia.

Segundo a narração do Evangelho de São Lucas, João Batista era filho do sacerdote Zacarias e Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus. Foi profeta e é considerado, principalmente pelos cristãos ortodoxos, como o "precursor" do prometido Messias, Jesus Cristo.

A importância do seu nome João advém do seu significado que é "Deus é propício" e apelidaram-no "Baptista" pelo facto de pregar um batismo de penitência (Lucas 3,3). 

Batizou muitos judeus, incluindo Jesus, no rio Jordão, e introduziu o batismo de gentios nos rituais de conversão judaicos, que mais tarde foram adaptados pelo cristianismo.

É o único santo cujo nascimento e martírio, em 24 de Junho e em 29 de Agosto respectivamente, são evocados em duas solenidades pelos cristãos .

João nasceu numa pequena aldeia chamada Aim Karim, a cerca de seis quilômetros lineares de distância a oeste de Jerusalém.[carece de fontes] Segundo interpretações do Evangelho de Lucas, era um nazireu de nascimento. 

Outros documentos defendem que pertencia à facção nazarita de Israel, integrando-a na puberdade, era considerado, por muitos, um homem consagrado. 

De acordo com a cronologia neste artigo, João teria nascido no ano 7 a.C.; os historiadores religiosos tendem a aproximar esta data do ano 1º, apontando-a para 2 a.C..

Como era prática ritual entre os judeus, o seu pai Zacarias teria procedido à cerimônia da circuncisão, ao oitavo dia de vida do menino. 

A sua educação foi grandemente influenciada pelas ações religiosas e pela vida no templo, uma vez que o seu pai era um sacerdote e a sua mãe pertencia a uma sociedade chamada "as filhas de Araão", as quais cumpriam com determinados procedimentos importantes na sociedade religiosa da altura.

Aos 6 anos de idade, de acordo com a educação sistemática judaica, todos os meninos deveriam iniciar a sua aprendizagem "escolar". Em Judá não existia uma escola, pelo que terá sido o seu pai e a sua mãe a ensiná-lo a ler e a escrever, e a instruí-lo nas atividades regulares.

Aos 14 anos há uma mudança no ensino. Os meninos, graduados nas escolas da sinagoga, iniciam um novo ciclo na sua educação. Como não existia uma escola em Judá, os seus pais terão decidido levar João a Engedi (atual Qumram) com o fito de este ser iniciado na educação nazarita.

Engedi era a sede ao sul da irmandade nazarita, situava-se perto do Mar Morto e era liderada por um homem, reconhecido, de nome "Ebner".

João terá efetuado os votos de nazarita que incluíam abster-se de bebidas intoxicantes, o deixar o cabelo crescer, e o não tocar nos mortos. As ofertas que faziam parte do ritual foram entregues em frente ao templo de Jerusalém como caracterizava o ritual.

Segundo o relato bíblico (Mt 3,4), João também trajava veste simples (de pelos de camelo, um cinto de couro em torno de seus lombos) e alimentava-se de "gafanhotos (ou alfarrobas) e mel silvestre" - considerando que o termo "gafanhoto" é referido também como tal planta (Ceratonia siliqua), uma árvore de fruto adocicado comestível, nativa da região mediterrânica, onde provavelmente vivia o personagem bíblico, conhecida ainda como Pão-de-João ou Pão-de-São-João , fiueira-de-pitágoras e figueira-do-egipto .

O pai de João, Zacarias, terá morrido no ano 12 d.C.. João teria 18-19 anos de idade, e terá sido um esforço manter o seu voto de não tocar nos mortos. Com a morte do seu pai, Isabel ficaria dependente de João para o seu sustento. 

Era normal ser o filho mais velho a sustentar a família com a morte do pai. João seria filho único. Para se poder manter próximo de Engedi e ajudar a sua mãe, eles terão se mudado, de Judá para Hebrom (o deserto da Judeia). 

Ali João terá iniciado uma vida de pastor, juntando-se às dezenas de grupos ascetas que deambulavam por aquela região, e que se juntavam amigavelmente e conviviam com os nazaritas de Engedi.

Isabel terá morrido no ano 22.d.C e foi sepultada em Hebrom. João ofereceu todos os seus bens de família à irmandade nazarita e aliviou-se de todas as responsabilidades sociais, iniciando a sua preparação para aquele que se tornou um “objectivo de vida” - pregar aos gentios e admoestar os judeus, anunciando a proximidade de um “Messias” que estabeleceria o “Reino do Céu”. 

De acordo com um médico da Antioquia, que residia em Písia, de nome Lucas, João terá iniciado o seu trabalho de pregador no 15º ano do reinado de Tibério. 

Lucas foi um discípulo de Paulo, e morreu em 90. A sua herança escrita, narrada no "Evangelho segundo São Lucas" e "Atos dos Apóstolos" foram compiladas em acordo com os seus apontamentos dos conhecimentos de Paulo e de algumas testemunhas que ele considerou. 

Este 15º ano do reinado de Tibério César terá marcado, então, o início da pregação pública de João e a sua angariação de discípulos por toda a Judeia em acordo com o Novo Testamento.

Esta data choca com os acontecimentos cronológicos. O ano 15 do reinado de Tibério ocorreu no ano 29 d.C.. Nesta data, quer João Batista, quer Jesus teriam provavelmente 36 a 37 anos de idade. Desta forma, considera-se que Lucas tenha errado na datação dos acontecimentos.

É perspectiva comum que a principal influência na vida de João terá sido o registros que lhe chegaram sobre o profeta Elias. Mesmo a sua forma de vestir com peles de animais e o seu método de exortação nos seus discursos públicos, demonstravam uma admiração pelos métodos antepassados do profeta Elias. 

Foi muitas vezes chamado de “encarnação de Elias” e o Novo Testamento, pelas palavras de Lucas, refere mesmo que existia uma incidência do Espírito de Elias nas ações de João.

O Discurso principal de João era a respeito da vinda do Messias. Grandemente esperado por todos os judeus, o Messias era a fonte de toda as esperanças deste povo em restaurar a sua dignidade como nação independente. 

Os judeus defendiam a ideia da sua nacionalidade ter iniciado com Abraão, e que esta atingiria o seu ponto culminar com achegada do Messias. João advertia os judeus e convertia gentios, e isto tornou-o amado por uns e desprezado por outros.

Importante notar que João não introduziu o batismo no conceito judaico, este já era uma cerimônia praticada. A inovação de João terá sido a abertura da cerimônia à conversão dos gentios, causando assim muita polêmica.

Numa pequena aldeia de nome “Adão” João pregou a respeito “daquele que viria”, do qual não seria digno nem de apertar as alparcas (as correias das sandálias). Nessa aldeia também, João acusou Herodes e repreendeu-o no seu discurso, por este ter uma ligação com a sua cunhada Herodíades, que era mulher de Filipe, rei da Ituréia e Traconites (irmão de Herodes Antipas I).

Esta acusação pública chegou aos ouvidos do tetrarca e valeu-lhe a prisão e a pena capital por decapitação alguns meses mais tarde.

João batizava em Pela, quando Jesus se aproximou, na margem do rio Jordão. A síntese bíblica do acontecimento é resumida, mas denota alguns fatores fundamentais no sentimento da experiência de João. Nesta altura João encontrava-se no auge das suas pregações. 

Teria já entre 25 a 30 discípulos e batizava judeus e gentios arrependidos. Neste tempo os judeus acreditavam que Deus castigava não só os iníquos, mas as suas gerações descendentes. 

Eles acreditavam que apenas um judeu poderia ser o culpado do castigo de toda a nação. O batismo para muitos dos judeus não era o resultado de um arrependimento pessoal. O trabalho de João progredia [carece de fontes].

Os relatos Bíblicos contam a história da voz que se ouviu, quando João batizou Jesus, dizendo “este é o Meu filho amado no qual ponho toda a minha complacências”.

 Refere que uma pomba esvoaçou sobre os dois personagens dentro do rio, e relacionam essa ave com uma manifestação do Espírito Santo. Este acontecimento sem qualquer repetição histórica tem servido por base a imensas doutrinas.

O aprisionamento de João ocorreu na Pereia, a mando do Rei Herodes Antipas I no 6º mês do ano 26 d.C.. Ele foi levado para a fortaleza de Macaeros (Maqueronte), onde foi mantido por dez meses até ao dia de sua morte. 

O motivo desse aprisionamento apontava para a liderança de uma revolução. Herodias, por intermédio de sua filha, tradicionalmente chamada de Salomé, conseguiu coagir o Rei na morte de João, e a sua cabeça foi-lhe entregue numa bandeja de prata.


Os discípulos de João trataram do sepultamento do seu corpo e de anunciar a sua morte ao seu primo Jesus.
Fonte: Wikipedia