Evangelho (Mc 3,7-12)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 7Jesus se retirou para a beira do mar, junto com seus discípulos. Muita gente da Galileia o seguia.
8E também muita gente da Judeia, de Jerusalém, da Idumeia, do outro lado do Jordão, dos territórios de Tiro e Sidônia, foi até Jesus, porque tinham ouvido falar de tudo o que ele fazia.
9Então Jesus pediu aos discípulos que lhe providenciassem uma barca, por causa da multidão, para que não o comprimisse.
10Com efeito, Jesus tinha curado muitas pessoas, e todos os que sofriam de algum mal jogavam-se sobre ele para tocá-lo.
11Vendo Jesus, os espíritos maus caíam a seus pés, gritando: “Tu és o Filho de Deus!”
12Mas Jesus ordenava severamente para não dizerem quem ele era.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor
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Primeira Leitura (1Sm 18,6-9;19,1-7)
Leitura do Primeiro Livro de Samuel.
18,6Naqueles dias, quando Davi voltou, depois de ter matado o filisteu, as mulheres de todas as cidades de Israel saíram ao encontro do rei Saul, dançando e cantando alegremente ao som de tamborins e címbalos.
7E, enquanto dançavam, diziam em coro: “Saul matou mil, mas Davi matou dez mil”. 8Saul ficou muito encolerizado com isto e não gostou nada da canção, dizendo: “A Davi deram dez mil, e a mim somente mil. Que lhe falta ainda, senão a realeza?”
9E, a partir daquele dia, não olhou mais para Davi com bons olhos.
19,1Saul falou a Jônatas, seu filho, e a todos os seus servos sobre sua intenção de matar Davi. Mas Jônatas, filho de Saul, amava profundamente Davi, 2e preveniu-o a respeito disso, dizendo: “Saul, meu pai, procura matar-te; portanto, toma cuidado amanhã de manhã, e fica oculto em um esconderijo.
3Eu mesmo sairei em companhia de meu pai, no campo, onde estiveres, e lhe falarei de ti, para ver o que ele diz, e depois te avisarei de tudo o que eu souber”.
4Então Jônatas falou bem de Davi a Saul, seu pai, e acrescentou: “Não faças mal algum ao teu servo Davi, porque ele nunca te ofendeu. Ao contrário, o que ele tem feito foi muito proveitoso para ti.
5Arriscou a sua vida, matando o filisteu, e o Senhor deu uma grande vitória a todo o Israel. Tu mesmo foste testemunha e te alegraste. Por que, então, pecarias, derramando sangue inocente e mandando matar Davi sem motivo?”
6Saul, ouvindo isto, e aplacado com as razões de Jônatas, jurou: “Pela vida do Senhor, ele não será morto!”
7Então Jônatas chamou Davi e contou-lhe tudo isto. Levou-o em seguida a Saul, para que ele retomasse o seu lugar, como antes.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
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REFLEXÃO
Não permitamos que a inveja faça morada em nós
A inveja é um veneno terrível, invade o coração humano e não nos permite raciocinar, pensar sobre nossos atos e atitudes
“Saul falou a Jônatas, seu filho, e a todos os seus servos sobre sua intenção de matar Davi. Mas Jônatas, filho de Saul, amava profundamente Davi” (1 Sm 19,1).
Amados irmãos, a Palavra de Deus, que vem hoje ao nosso encontro, sobretudo na Primeira Leitura de Samuel, mostra-nos duas disposições ou mesmo virtudes e vícios do coração humano.
A primeira delas é o sentimento terrível de inveja que toma conta do coração de Saul, que começa a invejar Davi porque o povo estava muito satisfeito com ele e começou a referenciá-lo mais do que a Saul.
Em vez de rever sua própria vida, Saul deixou a inveja tomar conta de seu coração.
Quando a inveja toma conta do coração humano, é uma verdadeira desgraça, porque ela nunca vem sozinha, puxa os sentimentos mais negativos.
A inveja de Saul puxou sobre ele a cólera, a ira e a raiva. Ele, profundamente, desejou matar Davi.
Veja, ele ficou encolerizado não porque Davi havia feito algo a ele, porque o havia provocado; muito pelo contrário, Davi manteve-se na humildade.
Mas a inveja é um veneno terrível, invade o coração humano e não nos permite raciocinar sobre nossos atos e atitudes; de repente, estamos falando mal das pessoas, jogando umas contra as outras.
Nós as estamos provocando, para que também queiram o mal daquela a quem estamos invejando. Depois, é claro, que sentimos raiva e cólera.
É verdade que não gostamos da presença da pessoa que invejamos, e quando alguém fala bem dela temos uma alguma notícia boa daquela pessoa, logo procuramos envenenar, porque a inveja é um verdadeiro veneno!
Por outro lado, o filho de Saul, Jônatas, amava seu pai, mas amava profundamente Davi, seu amigo; tinha por ele um respeito, uma consideração e uma amizade verdadeiramente profunda.
E desta amizade profunda é que Jônatas vai prevenir Davi da cólera de seu pai Saul, para que não caia nas ciladas, naquilo que seu pai estava tramando para matá-lo.
Amigo é aquele que está conosco, sobretudo em nossa ausência, quando alguém (pode ser a pessoa mais importante do mundo) fala mal de nós, fala alguma coisa contra nós, é o primeiro a se doer, a querer nos defender e nos proteger. O amigo pode até nos atacar pessoalmente, brigar conosco, mas não permite que ninguém nos faça mal.
Amigo é aquele que nos protege e se faz presente quando nos fazemos ausente, é a nossa presença, é aquele que fala por nós, defende-nos e luta por nós!
A amizade verdadeira que Jônatas nutria por Davi ilumine nossas amizades, nossos relacionamentos para que o nosso coração não seja tomado pela inveja que mata, destrói e arranca os sentimentos mais profundos da alma!
Deus abençoe você!.
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