sexta-feira, 26 de julho de 2024
Credo de Santo Atanásio
terça-feira, 9 de julho de 2024
Oração eterna de Jesus aos discípulos
Oração eterna de Jesus aos discípulos
sexta-feira, 5 de julho de 2024
As tentações de Jesus no deserto
Após se encontrar e ser batizado, no rio Jordão, próximo a Betânia, por seu primo e Precursor, João, "o Batista", Nosso Senhor Jesus saiu em retiro e foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo demônio.
O Batismo, quando recebeu o Espírito e a confirmação de Sua missão, consistiu na última preparação de Cristo antes de iniciar o seu ministério público. Após os céus se abrirem, foi apresentado ao mundo pelo próprio Pai, que revelou: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.
Toda decisão importante de Jesus era precedida de um proposital isolamento e oração. Desta vez, não foi diferente. Batizado, seguindo as regras dos homens, deu exemplo de humildade.
Em seguida, Ele desaparece, tomando sobre si, desde já, o peso de todos os pecados do mundo, antevendo a grande e sofrida batalha que iria travar contra os judeus (fariseus e mestres da lei) e pagãos (romanos) para a glória de Seu Pai. Próximo a Jericó, Nosso Salvador, em preparação para a Sua obra messiânica, vivia entre os animais selvagens e os anjos o serviam.
Jesus jejuou e fez penitência por 40 dias, a exemplo de Moisés, no Sinai, e Elias, no caminho de Horeb. Dada a sua natureza humana, debilitado, após jejuar, sentiu fome.
Exatamente neste momento de fragilidade e fraqueza, Satanás se aproveita e inicia a primeira de suas três malsucedidas investidas. Repetiu-se, de certo modo, a tentação outrora de Adão, que vingou.
Dada a astúcia e conhecimento do tentador, a experiência psicológica que se seguiu foi sutil e, o processo, insidioso. Na realidade, o diabólico ofereceu três atalhos para se evitar a Cruz. Deus somente foi tentado porque, encarnado, assumiu a natureza humana.
Quis, o Criador, ser semelhante aos homens em tudo, inclusive, passar pela experiência humana de resistir às tentações. Ele, assim, passou pelas mesmas provações que nós, com exceção do pecado.
Simulando aparente compaixão com o faminto Penitente, Satanás, na primeira vez, ainda em dúvida sobre a natureza divina do Tentado, diz: - Se és o Filho de Deus, dize a estas pedras que se convertam em pão.
O objetivo era fazer com que Jesus se livrasse da provação da fome e realizasse um milagre somente para satisfazer suas próprias necessidades pessoais. Era como se dissesse: faça o que tiver vontade de fazer (permissividade), satisfaça imediatamente seus instintos e necessidades, mas esqueça a Cruz.
Se Satanás tivesse certeza de que falava com o próprio Deus, não O teria tentado. Contudo, a resposta foi imediata e triunfante, quando então Jesus, mesmo diante das fragilidades inerentes à sua condição humana, demonstrou confiança na providência divina, enalteceu a Deus e confirmou a prevalência do espírito sobre a matéria: - Nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.
No momento da crucifixão, os homens fariam, novamente, o mesmo tipo de tentação, provocando: Se és o Filho de Deus, desce da cruz!
Então o demônio levou-O até a Cidade Santa, colocou-O sobre o pináculo do Templo e, na vã tentativa de servir-se da palavra revelada para atacar a alma, com o orgulho e egoísmo, e afastar o Enviado do Criador, disse-Lhe: Se és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, porque está escrito: "Ele ordenará aos seus anjos que te protejam e te tomem nas mãos para que não machuques o teu pé em alguma pedra".
A segunda tentação traduz a ideia de que a cruz nunca venceria a humanidade, porque as pessoas se satisfazem com as maravilhas terrenas, aplaudem as surpresas mundanas e valorizam tudo o que é espetáculo e grandioso.
Era como se o tentador insinuasse: pule desta altura, saia ileso e a multidão te seguirá. Você não precisa da Cruz. Por que ir por um caminho longo e doloroso para conquistar as pessoas se pode escolher uma via mais fácil, realizando um prodígio?
À esta tentação, o Messias responde: "Não tentará o Senhor teu Deus". Não quis, assim, se vangloriar, já que, durante sua vida pública, faria milagres apenas por compaixão em favor dos pobres, enfermos e excluídos e para mostrar ser Filho do Homem, mas nunca para se exibir ou satisfazer a curiosidade do povo.
O Messias, ao negar este ataque, não esqueceu ou substituiu o martírio da Cruz por uma demonstração de poder tendente a conquistar as multidões. Certa vez, durante sua peregrinação, Nosso Senhor também foi tentado quando as pessoas o cercaram, pedindo qualquer milagre para provar Seus poderes e justificar a crença: esta geração é uma geração perversa; pede um sinal.
Afinal, a humanidade deveria seguir Jesus pelo sacrifício na Cruz, pelo derramamento de sangue, com amor e não pela realização inadvertida de milagres.
Por fim, Satanás, sugerindo que a teologia se equivaleria à política, leva Jesus ao cume de um monte muito alto e mostra-lhe todo o poderio e magnificência do mundo e diz: - Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.
Como se segurasse um globo de vidro do mundo nas mãos, dizia que todos os reinos eram seus eu os daria se fizesse o que pedira. Ou seja, não se preocupe com Deus e com o mistério da redenção: a única coisa que importa não é o divino, mas a ordem social e política.
Contudo, o pai da mentira promete o que não pode dar. O Salvador repele com a profissão solene: "Adorarás o Senhor teu Deus, e só a Ele servirás" e acrescenta, para finalizar as tentações e impedir um novo ataque: "Desaparece da minha vista, Satanás". Depois que se retirou, Jesus, fortalecido pelas provações (“Feliz o homem que suporta a tentação. Porque, depois de sofrer a provação, receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que O amam” (São Tiago, 1,12), não permaneceu só, já que os anjos se aproximaram e o serviam.
Mais tarde, Cristo foi tentado, do mesmo modo, quando o povo quis transformá-lo rei na terra: Jesus, percebendo que queriam arrebatá-Lo e fazê-Lo rei, tornou a retirar-se sozinho para o monte.
Percebemos que as tentações se relacionam com as próprias funções messiânicas de Jesus: a primeira pretendia arrastá-Lo para o comodismo; a segunda, para exibições milagreiras e, a terceira, uma meta política.
A essência do satânico era, basicamente, o ódio e o desprezo à Cruz de Cristo. As tentações, em verdade, eram um apelo para Nosso Senhor desconsiderar Sua missão divina e Sua obra messiânica.
As investidas do mal tinham por objetivo desviar o Salvador de Sua obra de salvação pelo sacrifício. Para ganhar a alma dos homens, o maligno tentou apontar três caminhos alternativos: um econômico, outro pautado em maravilhas e, por fim, um político.
Lembremos, que Jesus, mais tarde, em Cesaréia de Filipe, após perguntar aos discípulos quem dizem os homens ser o Filho do Homem?, chamou Pedro de Satanás (Mateus 16:23) porque o Apóstolo, sobre cuja fé seria fundada a igreja, naquela ocasião, reconheceu a divindade do Senhor mas não admitia a Cruz. Pedro tentou Nosso Senhor da mesma forma e, por isso, foi severamente repreendido.
Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo permitiu esses assaltos para mostrar a semelhança com os homens, que também são tentados, através da luxúria, gula, orgulho, inveja e cobiça, durante nossas fraquezas e provar que, em nossos momentos de angústia, dúvida e tribulação, devemos permanecer firmes na fé, evitar o pecado, corresponder à graça e confiar na providência de Deus.
O aperfeiçoamento humano, segundo os planos de Deus, passa pela provação e pelo sofrimento, já que, somente após cada um carregar a sua cruz, poderá alcançar a ressurreição.
No amor e na paz de Nosso Senhor Jesus Cristo!
segunda-feira, 1 de julho de 2024
A oração do "Angelus"
A oração do "Angelus"
Oração do Angelus
℣. O Anjo do Senhor anunciou à Maria.
℟. E ela concebeu do Espírito Santo.
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém.
℣. Eis aqui a escrava do Senhor.
℟. Faça-se em mim segundo a Vossa palavra.
Reza-se a Ave-Maria.
℣. E o Verbo se fez carne.
℟. E habitou entre nós.
Reza-se a Ave-Maria.
℣. Rogai por nós, santa Mãe de Deus.
℟. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
℣. Oremos: Derramai, ó Deus, a Vossa graça em nossos corações, para que, conhecendo pela mensagem do Anjo a encarnação do Vosso Filho, cheguemos, por Sua Paixão e Cruz, à glória da ressurreição. Por Cristo, Nosso Senhor.
℟. Amém.
V.: Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R.: Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
V.: Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R.: Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
V.: Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R.: Como era no princípio, agora e sempre. Amém